Levando em consideração que o primeiro movimento que realizamos, assim que nascemos é a respiração, e que nosso ultimo ultimo movimento enquanto viventes desse plano, é também o ato de nosso ultimo respirar, ou nosso ultimo suspiro, isso nos remete a um pensamento: quanto mais movimento temos, e quanto melhor nos movimentarmos, mais vida teremos, e mais longe da morte estaremos. Pode parecer um tanto quanto radical, mas te convido a viajar um pouco nesse pensamento. O estudo da cultura do movimento, vem se expandindo pelo mundo a fora, e as reflexões em torno desse assunto, tem uma forte ligação com a vida, com o SER humano, numa sociedade em que cada vez mais se quer TER e cada vez menos estamos realmente sendo HUMANO. Por falta de curiosidade, por falta de motivação, ou simplesmente pouco caso, o que ocorre de fato é que estamos caminhando para um futuro cada vez mais automatizado, mais especialista, e ao mesmo tempo, menos interessante, menos dinâmico, mais robótico. Estamos esquecendo que estamos numa mudança de Era, a tecnologia vem evoluindo cada dia mais rápido, e a espécie humana, quando paramos para analisar o caminhar de sua evolução, ao que diz respeito a movimentação humana especificamente, vemos talvez, a única espécie no planeta que não vem evoluindo em sua capacidade de se movimentar, muito pelo contrário, viemos ao longo do tempo perdendo nossas capacidades, vide exemplo prático, a capacidade de uma criança com seus 3 anos de agachar, e não muito mais a frente, com seus 15 a 20 anos, a mudança, infelizmente negativa na grande maioria dos jovens, derivado de vícios posturais, pouca pratica de movimento, falta de exemplo próximo, falta de informação de qualidade, crenças limitantes, e mais uma lista de crueldades motoras que vem se transmitindo em nosso modelo educacional tradicional, a transmissão de uma cultura pobre, de informação, de criatividade, de estímulo ao pensamento, ao raciocínio, pobre de movimento, pobre de vida.